domingo, 30 de maio de 2010

Começo.

Sempre quis ter um Blog. Desde a adolescência ensaiei algumas tentativas que não vingaram. Somente quando tive notícias que a jornalista Rosana Hermann (por sinal, excelente comunicadora) havia saído da TV pra virar blogueira passei a ver essa ferramenta como algo realmente produtivo. Mais adiante me deixei contaminar pelos lindos escritos de uma amiga com olhos de topázio e coração de menina, postados na mais rica “verdura” virtual. A partir daí, passei a freqüentar alguns blogs relacionados ao universo da arte, da poesia, das músicas, do cinema, com olhos curiosos.
Na mesma proporção, não posso esquecer em minhas referências o primoroso trabalho de um amigo paulista, que conseguiu converter em vício minhas visitas habituais à sua página na internet, sempre com dicas culturais, revelações do cenário artístico nacional e críticas pertinentes a programas que se propõem a visitar o universo musical, em suas diversas possibilidades.
Recentemente, a também jornalista e não menos excelente Regina Volpato, ao sair da Lavanderia do SBT, passou a usar seu blog como ferramenta de informação e disseminação de seus pensamentos e sensações, a exemplo de tantos outros nomes em tantas outras áreas que fazem o mesmo.
Há menos de vinte e quatro horas atrás, fui apresentado à sensível palavra de um amigo conterrâneo sertanejo que reascendeu em mim a disponibilidade de tentar de novo e, mesmo sem algo muito relevante para expor inicialmente, criar o meu próprio espaço de loucura ou, quem sabe, de sanidade na internet, rsss.
Resolvi, então, trazer à tona minhas terceiras intenções que, a exemplo das de Cazuza, prescindem de boa educação ou de correção política. Nunca fui muito vanguardista, mas as almas inquietas e revoltadas sempre me fascinaram, talvez por essa razão eu tenha me aproximado tanto da sua obra ao longo da vida, assim como me fascinam as almas passionais e boêmias como aquelas traduzidas por Chico e quase sempre imortalizadas por Bethânia. Creio que esses contornos, a princípio, me conduzirão nesse novo mecanismo de fuga da realidade, ou melhor, de análise da mesma. Amor e inquietude são ótimas companhias da escrita e confio – preciso confiar – que me farão conhecer novos lugares e labirintos humanos que eu ainda não consegui visitar, inclusive em mim mesmo.
Como já ergui o alicerce dessa minha nova disponibilidade, bem como justifiquei o cimento que pretendo usar nessa construção, não posso esquecer de mencionar o acabamento que corroborou com o encantamento por essa engrenagem: Ana Jácomo, para mim ainda uma desconhecida a quem pretendo desbravar. Apresentada por um amigo querido, que sempre me surpreende com alguma novidade sobre Bethânia, Ana me empresta uma frase que finda meu primeiro post: “Abençoadas sejam as dádivas generosas que nos surpreendem. Elas não sabem o quanto às vezes, tantas vezes, nos salvam de nós mesmos”.
Luz para todos!